quinta-feira, 5 de maio de 2011

APOLOGIA À DEMAGOGIA



Certa vez, padre Antônio Vieira, um dos cérebros mais privilegiados de que se tem notícia fez a seguinte declaração: “Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao coração são necessárias obras.”
Refletindo detidamente sobre este belo pensamento, podemos verificar claramente que ele profetizava a eleição de Confúcio Moura para governar Rondônia, séculos depois de sua morte, o padre jesuíta morreu no século XVII. Entretanto há muitas semelhanças entre o modo como age o atual governador e as palavras proferidas por Vieira.
Desde sua campanha, o confuso governador adotou a tática de administrar o estado com frases de um blog que já deveria ter sido deletado pela sua assessoria, caso fossem competentes, mas infelizmente receio que o tal instrumento eletrônico vai perdurar ainda por uns três anos e meio.
Confúcio sabe que sua eleição deve-se ao fato de que Cassol tinha um péssimo relacionamento com os servidores públicos, embora nunca tenha mentido pra eles. Seu tratamento com aqueles que fazem o estado funcionar era hostil, desumano, grosseiro ao extremo, além de ser um administrador limitado e provinciano.
Mostrando uma imagem doce e carinhosa, além de aparentar alguém maduro, Confúcio acabou caindo nas graças dos servidores públicos, que foram os principais responsáveis por sua eleição, tanto que em momento algum teve efeito o fato de seus adversários falarem que ele tinha aliados delinqüentes, numa tentativa de fragilizar sua candidatura. Isto, porém, não quer dizer que os servidores gostassem do governador do PMDB. Claro que não!! Queríamos mostrar a Cassol e seu grupo que vencer uma eleição para governador, humilhando os servidores públicos desse estado é tarefa quase impossível.
Mas, mesmo vivendo em Rondônia há muitos anos, Confúcio Moura parece não ter aprendido esta lição. Disse e assinou várias coisas, fazendo compromissos com os servidores públicos e hoje faz tudo diferente. Entre as coisas ditas por ele, está o fato de que iria acabar com a imoralidade dos cargos comissionados, que iria moralizar os atos do governo, que trataria com decência e respeito os servidores. Tudo falácia, há atos de seu governo que envergonham mais que atos anteriores. Entre os cargos comissionados, antes odiados por ele, estão pessoas muito próximas do sindicalismo.
A educação, dita por ele na campanha como um setor que seria prioridade em seu governo, tornou-se um caos, chefiada por amadores e sem nenhuma perspectiva de apresentar os resultados pregados em período anterior à eleição. Pode-se dizer, com boa margem de acerto que apenas uma professora de Rondônia foi tratada como a educação merece, pois seu cônjuge está entre os paparicados comissionados de Confúcio. Não que seja ilegal nomear parentes de lideres sindicais para cargos de luxo; e muito menos que a pessoa nomeada seja incompetente. Nada disso!! Mas é um duro golpe contra uma categoria que ele dizia ter zelo, contra uma categoria com a qual ele assinou compromissos além dos propostos, mas que tudo não passou de uma atitude prevista pelo padre Vieira séculos atrás: “PALAVRAS AO VENTO...”
Ainda com relação à educação, certamente o atual governador, caso dispute novamente, sofrerá uma forte oposição dos servidores da região de Cacoal, Ministro Andreazza, Rolim de Moura e outras cidades da região, que de forma unânime rejeitaram a proposta feita por ele aos servidores da educação, no último dia 04 de maio. Uma proposta milhares de vezes inferior àquela que Demi Moore rejeitou no enredo de um dos filmes mais famosos do cinema mundial.
De resto, vamos esperar que os servidores da educação, numa forma de compensar as enganações que vêm sofrendo, tomem uma atitude determinada nas eleições deste ano para o sindicato da educação – SINTERO. A atitude está relacionada com a ação de tirar do poder sindical na educação de nosso estado algumas pessoas adeptas da demagogia governista e cooptadas para agir contra os próprios interesses sindicais...Tenho dito!!

FRANCISCO XAVIER GOMES
Professor da Rede Estadual

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