Pessoas que assistem a vídeos online engraçados no trabalho não estão necessariamente perdendo tempo.
Essa é a conclusão de um novo estudo, que mostra que elas podem estar se aproveitando das últimas descobertas da psicologia: ficar de bom humor para que criar de forma mais criativa.
Segundo Ruby Nadler, estudante da Universidade de Ontario, que realizou a pesquisa, “geralmente, o bom humor aumenta as chances de resolver um problema de forma criativa e de tornar o pensamento mais flexível e cuidadoso”.
Ruby e seus colegas Rahel Rabi e John Paul Minda publicaram o novo estudo na revista científica Ciência Psicológica. Na pesquisa, ela e sua equipe pesquisaram um tipo específico de aprendizado que é melhorado pelo pensamento criativo.
Estudantes que participaram da pesquisa foram colocados em diferentes estados de humor e tiveram de realizar uma tarefa específica de aprendizado: aprender a classificar imagens com padrões visuais complexos.
Os pesquisadores manipularam o humor deles com a ajuda de vários videoclipes para tentar descobrir quais deixavam as pessoas mais felizes e mais tristes.
A música mais alegre era um trecho enérgico de Mozart e o vídeo mais alegre era o de um bebê rindo. Os pesquisadores usaram essas obras na experiência, junto com músicas e vídeos tristes (um trecho da trilha sonora do filme A Lista de Schindler e uma notícia sobre um terremoto) e trechos de música e de vídeo que não afetavam o humor de forma alguma.
Depois de ouvir a música e de assistir ao vídeo, as pessoas tinham de tentar aprender a reconhecer o padrão de imagens.
Os voluntários felizes se saíram melhor na tarefa de aprender uma regra para classificar os padrões do que os tristes ou com um humor neutro.
Ela acrescenta que uma das formas mais fáceis de ficar de bom humor é a música, não importa se for Mozart ou a Lady Gaga, o importante é que ela deixe a pessoa feliz.